segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Família

Uma das dádivas mais preciosas que podemos receber desta vida é podermos ter uma família. O amor, a acolhida, a amizade, o companheirismo, a cumplicidade, a compreensão, a ajuda moral, social, financeira ou emocional, a capacidade de nos fazer sentirmos importantes e especiais... A família nos proporciona tudo isso.
Claro que família é complicada, cada um com sua cabeça, suas falhas, suas limitações, claro! E dá trabalho mesmo. Cansa, irrita, desgasta. Mesmo assim, como é bom ter família. Afinal, nós também somos complicados, temos falhas, somos limitados, somos cansativos, irritantes e desgastantes. E mesmo assim a família nos ama.
Infelizmente, no Natal todo mundo fica apavorado com mil detalhes que envolvem o evento em si: Quem convidar, qual o cardápio, qual roupa, os presentes, a casa decorada, etc, etc, etc... Mas muita gente se esquece daquilo que é o mais importante: o amor, a união, a fé, a família, os amigos ao nosso redor que nos querem bem.
Eu sempre amei Natal e sou a maior defensora da lista de presentes, cardápio, mesa decorada, roupa legal... É gostoso fazer tudo isso, mas eu acho que o legal e o bonito mesmo é naquela hora, da ceia ou no almoço, quando a gente pára de falar por um minuto, olha ao redor, observa cada pessoa que a gente ama estando ali ao nosso lado e agradece a Deus por elas estarem ali, vivas, unidas com a gente.
Por um minuto neste Natal, observe cada detalhe de cada pessoa que está ao seu lado e dê valor ao seu pai, sua mãe, seu irmão ou irmã, seu sobrinho ou sobrinha, seus filhos, seu marido ou esposa, seu namorado ou namorada, seu tio querido, seu tio chato, sua tia, cada um tem sua preciosidade e sua importância. E como vai fazer falta quando não estiver mais lá...
Por isso, depois desta reflexão, abrace muito, beije muito, ria muito com quem está ao seu lado, neste exato momento, porque é isso que temos que aproveitar da família, o exato minuto que vivemos... Agradecendo o que temos ao invés de nos lamentarmos pelo que não temos.
Não importa se sua família é grande ou pequena, família é família. E se não tiver sua família por perto neste Natal, feche seus olhos e lembre-se dos momentos felizes que viveu com ela. E, na próxima oportunidade, faça de tudo para estar com ela. Feliz Natal!

Borboletas

Há uma mensagem que eu gosto demais e queria compartilhar com você. Acredito que ela diga por si. Eu desejo, de coração, que você construa seu lindo jardim... E se já tiver um, cuide dele com amor para que dure por toda sua vida...

"Não corra atrás das borboletas...

Muitas vezes passamos um longo tempo de nossas vidas correndo desesperadamente atrás de algo que desejamos, seja um amor, um emprego, uma conquista profissional, uma grande mudança na vida, uma amizade ou uma casa.
Se isto está acontecendo com você, reflita sobre o seguinte:
Não corra atrás das borboletas; cuide de seu jardim e elas virão até você.
A vida usa símbolos para que possamos entender que, antes de merecermos aquilo que nós desejamos, precisamos estar prontos e maduros.
Devemos compreender que a vida segue o seu fluxo e que ele é perfeito.
Tudo acontece no seu devido tempo. Nós é que nos tornamos ansiosos e estamos constantemente querendo 'empurrar o rio'. O rio corre sozinho obedecendo ao ritmo da natureza.
Se passarmos todo o tempo desejando as borboletas e reclamando porque elas não se aproximam de nós, embora vivam no jardim de nosso vizinho, elas realmente não virão.
Mas se nos dedicarmos a cuidar de nosso jardim, transformar nosso espaço (a nossa vida) em um ambiente agradável, perfumado e bonito, será inevitável... As borboletas virão até nós.
Pense nisso..."
Autor desconhecido.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Letra de Música

Já parou para prestar atenção nas letras de músicas? É impressionante. Praticamente tudo que vivemos em algum momento de nossas vidas está registrado em uma letra de música. Com palavras objetivas ou indiretas, o que sentimos, o que sofremos, o que nos faz feliz, nossas angústias, medos, conquistas, sonhos e desejos... Está quase tudo lá.
É muito bom quando a gente pára e presta atenção em uma letra porque nos damos conta de que muita gente já viveu o que vivemos. E mais, às vezes, nos ajuda a encontrar palavras para descrever um sentimento ou um pensamento que não encontramos uma forma para expressar.
Outra coisa curiosa é que definitivamente o brasileiro gosta de amar e, acima de tudo, cantar sobre o amor. As músicas nacionais são impressionantes quando comparamos os temas das letras. Eu não sei mensurar em porcentagem, mas acredito que 90% delas sejam sobre o amor. E se não forem pontuais sobre o amor, fazem referência a ele.
Outra coisa legal das letras é que falam sobre uma sociedade, seus deveres, conquistas e frustrações. É uma forma artística que serve como instrumento de conscientização e, muito mais do que isso, qualquer um pode usufruir dela. Podemos ligar o rádio bem alto e cantar em protesto social, ou, simplesmente, ouvir silenciosamente e concordar com o que está sendo cantado.
De qualquer forma, a música tem um poder interessante sobre nossos pensamentos e sentimentos, ela invade nosso cérebro e nossas emoções. Parece que infiltra no corpo provocando sensações diferentes. A melodia ajuda demais nisso, mas as letras... Ah... As letras... Essas sim são poderosas!
Sempre penso que as letras de músicas são poesias cantadas e as melodias servem para nos dar o tom daquilo que se quer dizer ou provocar em quem vai ouvir. Antes de ser embalado pela melodia de uma canção, preste atenção em sua letra e descobrirá que, às vezes, você vai detestar o som, mas adorar o que está sendo dito. Experimente!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

A Tecnologia

O apagão que aconteceu no dia 10 de novembro, em boa parte do Brasil, rendeu muitos assuntos para a mídia nacional. O brasileiro percebeu, ou simplesmente se lembrou, que vivemos em uma rede de dependência tecnológica.
No dia a dia, a gente nem se dá conta e de repente, em um desses acontecimentos, pára e pensa: caramba! O que vou fazer agora sem energia? Como vou tomar banho? Ver e mandar e-mails? Ver meu programa de TV? Colocar o despertador para amanhã? Carregar o celular e o notebook? Bater vitamina no liquidificador? Manter os alimentos na geladeira? Andar naturalmente pela casa? Usar o ventilador, o ar condicionado? Abrir o portão da garagem? E por aí vai... Seja para o lazer, para o trabalho, para hábitos de rotina, higiene, saúde... Não importa. Hoje, para tudo, vivemos na dependência da tecnologia.
O escritor Manuel Castell, autor do livro 'A Sociedade em Rede', Editora Paz e Terra, apresenta em seu livro exatamente esta questão de dependência em que vivemos. Nos tornamos uma grande rede interligada pela tecnologia, na qual ela nos rodeia e faz parte de praticamente tudo na sociedade. Estamos vivendo, acredite, um novo modelo de estrutura social. Mais do que a tecnologia, a informação, a comunicação e o conhecimento invadiram nossas vidas e passamos a viver em função desses elementos.
O escritor Júlio Verne (1828-1905), o inventor da ficção científica, já imaginava em algumas de suas obras este universo fantástico em que o ser humano vivia em função da tecnologia, perspectiva de futuro tão irreal para a época que era quase impossível ser aceita até pelas editoras. Quem diria que ele estaria certo? E o mais assustador disso é que nem nos damos conta de que já vivemos em função dela.
E nem adianta tentar lutar contra. Uma hora ou outra você se pega precisando dela. Quem vive sem energia elétrica hoje? Quem vive sem meios tecnológicos de comunicação? Pois é... Um em um milhão.
Acredito que nossa grande missão não seja lutar contra tudo isso, mas nos adaptar e, acima de tudo, não nos esquecer das coisas que podemos fazer sem tecnologia, como conversar pessoalmente com pessoas queridas, abraçá-las, olhar o céu ou o mar, amar alguém, denscansar... Afinal, a vida também está na simplicidade. Temos que lembrar que a tecnologia faz parte de nossas vidas, mas não é o motivo de estarmos vivos, sendo simplesmente um instrumento e não a razão de quase tudo que fazemos.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O Silêncio

As pessoas sempre me perguntam de onde eu tiro idéias para os temas desta coluna. E minha resposta é sempre a mesma: de algo que ando pensando ou sinto ser relevante no momento.
Mesmo sendo grande defensora da comunicação e do diálogo, acredito, em muitos casos, que o silêncio seja o melhor meio de expressão que possa existir. Às vezes o silência é a melhor resposta, a melhor saída para uma situação.
Eu penso isso porque em certos momentos da vida não há mais nada a ser dito. Só a introspecção pode ser o caminho para a solução de uma dúvida, uma questão, uma angústia, um medo.
Aprendi na vida que muito podemos fazer pelo outro, mas só temos sucesso se o outro quiser receber a ajuda e quiser mudar sua situação de fato. Nos entanto, em muitos casos, por mais que a pessoa queira e nós também queiramos, não há nada que possamos fazer porque a transformação e a mudança estão no interior de cada ser e, nesses casos, só nos resta silenciar e aguardar o tempo para que as mudanças aconteçam.
Eu admiro muito quem tem aquela capacidade incrível de só ouvir os outros falando e conseguir acompanhar tudo sem dizer uma palavra sequer. Tenho um amigo que é assim. E desde adolescente eu admiro seu modo de lidar com as mais diversas situações porque seu silêncio proporciona sabedoria e equilíbrio.
Esta semana minha vontade era silenciar. Não dizer nada diante de meus pensamentos. Simplesmente só esperar. Mas... Tive a idéia exatamente de escrever sobre isso porque aprendi que o silêncio é algo bom e queria compartilhar com você.
Com o silêncio temos a capacidade de análise da situação e raciocinar calmamente, pensar nas possibilidades, escolher o melhor caminho a seguir e decidir o que é realmente importante para nós, o que é mais precioso, essencial, o que nos faz feliz.
Em suma? Com o silêncio amadurecemos e também respeitamos o amadurecimento do próximo.
Que bom seria se pudéssemos amadurecer sem silenciar, sem sofrer, simplesmente acontecendo de uma maneira divertida e saudável. Mas não é assim, infelizmente.
Então, o que tenho para compartilhar hoje é que quando estiver diante de uma situação em que nenhuma palavra couber, silencie e espere, pois esta é uma das armas mais poderosas do diálogo, pois o silêncio pode nos dizer muita coisa.

Viajar de avião

Quando era criança eu sonhava em viajar de avião para poder abrir a janela e pegar um pouquinho de nuvem e guardar em um potinho. Na minha cabeça eu poderia tanto abrir a janela, quanto pegar a nuvem porque achava que seria como algodão. Cresci, aprendi que meu desejo mataria todo mundo em vão, já que as nuvens são simplesmente água condensada.
Mesmo assim, a vontade de voar se transformou em um desejo mais concreto, coerente, imaginando o quanto seria maravilhoso olhar as nuvens de uma perspectiva diferente. E como é diferente e lindo mesmo! As nuvens ficam emolduradas pela natureza e a paisagem ganha formas e contornos únicos, a gente se sente um passarinho.
Graças à modernização e a competitividade entre empresas aéreas, a possibilidade de viajar de avião e desfrutar desta sensação mágica está mais fácil, e claro, barata! Hoje sair de Campinas para outro estado brasileiro pode ser um passeio acessível e divertido. Há muitas opções de horários, dias e empresas, como a Gol, Tam, Trip ou Voe Azul.
Para comprar passagem aérea procure no Google (o maravilhoso buscador) e vai encontrar muitas opções, inclusive de preços. Uma passagem de ônibus custa, em média, R$ 88,00 de Campinas ao Rio de Janeiro, por exemplo. Já uma passagem aérea pode chegar, por exemplo, a R$ 139,00. O preço ainda é maior, mas dependendo de uma boa pesquisa, data e horário, você pode conseguir o mesmo preço ou até mesmo mais barata a passagem aérea do que a rodoviária.
Ah, sim... Se nunca andou de avião e acha que vai ser difícil se virar no aeroporto, lembre-se do ditado: "quem tem boca vai a Roma". Não tenha vergonha de perguntar e pedir ajuda. Já sobre as turbulências, não esquente, imagine que é algo semelhante a um monte de buracos na estrada. Dizem as pesquisas que aviões são mais seguros do que os carros.
Aproveite o passeio e tente pegar uma passagem na janelinha para olhar as nuvens de cima e aproveitar. Além de divertido, viajar de avião é bem mais rápido! Claro, eu sei, exceto quando há imprevistos e vôos demais e os aeroportos viram um caos... Aí o velho ônibus pode ser a melhor solução...

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Adversidades

Quantas vezes em nossas vidas fazemos planos, traçamos metas e alimentamos sonhos que, de uma hora para outra, surgem adversidades desta vida que acabam mudando o rumo esperado? Muitas, certamente. Tenho aprendido em minha vida, por meio de leituras, conversa com profissionais, parentes e amigos, reflexões e até mesmo vivenciando situações desafiadoras, que quase nada acontece do modo previsto.
Um das coisas mais preciosas que talvez possamos ter em relação a este assunto é equilíbrio para compreender que o objetivo final deve ser traçado e seu caminho percorrido, mas definir qual o caminho e exatamente tudo que encontrará por ele pode ser um grande erro, pois acabamos sofrendo demais e nos decepcionando com as adversidades.
O que temos que colocar em mente é que a vida é repleta de adversidades e delas o que podemos tirar são as lições de amadurecimento e aprendizado. Se imaginarmos um caminho florido e só encontrarmos espinhos, o que temos que fazer é parar, pensar e encontrar a trilha que menos espinhos nos machuquem rumo ao objetivo final, porque esbravejar e se revoltar contra eles pode ser mais doloroso.
Às vezes a vida nos conduz a um ritmo frenético e acabamos nos irritando e desequilibrando com coisas pequenas, pois uma adversidade ‘pregou uma peça’ em nossos planos. Nestas horas, respire, pense no que há de realmente importante e precioso em sua vida e verá que a adversidade não é o fim do mundo.
Infelizmente, ou felizmente, o ditado de que ‘só para a morte não há jeito’ é muito verdadeira. Então, enquanto temos vida e força para lutar e superar as dificuldades com equilíbrio e bom senso, temos que agradecer e seguir em frente.
Às vezes fico pensando nas pessoas que se foram desta vida e o quanto perderam de momentos de alegria gastando tempo em bobagens, tentando ir contra o fluxo do rio ou brigando com o mundo porque as adversidades prejudicaram suas metas e sonhos. O que eu concluo é que não importa o que temos, mas o que somos, o que vivenciamos e a sabedoria em lidar com a vida, transformando um desafio em um grande momento de aprendizagem, transformando um limão em uma saborosa limonada.

Xerox de livro

Normalmente, sou defensora das leis, mas neste texto quero manifestar meu descontentamento diante da lei 9610/98, a qual proíbe a cópia de obras literárias. Eu entendo e apóio a valorização do direito autoral de seu criador diante de sua obra, mas o que questiono é a acessibilidade do conteúdo para o público e, principalmente, para os centros educacionais.
Como profissional de comunicação e especialista na área de educação, não posso concordar com esta postura. Vivemos em um país no qual um livro custa e custa muito. Conseguir chegar a uma universidade é motivo de vitória para o brasileiro. Muitas vezes, o sacrifício para freqüentar uma graduação ou pós-graduação exige um investimento que vai quase além das forças de uma família. Entre transporte, mensalidade ou moradia, o gasto é imenso. Imagine ter que comprar todos os livros recomendados para leitura?
Mais do que dificuldade financeira em pagar pelos livros é o acesso a eles. Muitos são raros, ou existem uma ou duas unidades por biblioteca. Como ficam as pesquisas e os estudos se não podemos compartilhar o conhecimento que está em poucos exemplares? E as pessoas que não possuem vínculo com instituições e precisam ler os livros só nas bibliotecas, não podendo levar para casa?
Eu me questiono sobre o real objetivo de quem escreve porque a idéia não é disseminar conhecimento, fazer os outros pensarem no que o autor está propondo? Então a lógica não seria facilitar o acesso e não dificultá-lo? De que adianta valorizar tanto as bibliotecas virtuais se não podemos ter acesso ao que está ao nosso alcance?
Vou ser muito sincera... Tenho xerox de livros que sonho um dia ter o original. Claro que ler um livro ‘de verdade’ é tudo de bom, mas quando não temos como ter acesso a ele, é incrível o quanto uma cópia ajuda!